Sistematização da grande mutação pt 1

 Começando lá no ano de 2019, que além de ser marcado pelo ciclo da conjunção de saturno com plutão, também houve as energias dos eclipses atuando para que deixassem o fluxo energético desses planetas em capricórnio mais suscetíveis. Durante todo o ano de 2019 aconteceram cinco eclipses, três solares e dois lunares, no eixo câncer-capricórnio, mexendo e emancipando energias que estavam atuando nesse eixo. Os eclipses doam forças às energias inconscientes dos planetas através de portais, fazendo com que o período eclipsal forneça uma susceptibilidade maior. Saturno começou a conjunção com plutão em meados do segundo semestre de 2019, ficaram em uma diferença de seis graus entre eles durante o ano todo, com o devido movimento retrógrado dos dois. Júpiter entrou em capricórnio em dezembro de 2019 já com uma participação em um eclipse que ocorreu no dia 26 de dezembro. A conjunção da lua com o sol nesse eclipse solar ocorreu no quarto grau de capricórnio, júpiter estava no quinto grau, a menos de um grau de diferença. Em fevereiro de 2020, saturno, júpiter e plutão chegaram a ficar a menos de dez graus de diferença entre eles, em março é a vez de marte fazer parte dessa conjunção (que já virou um stellium), aqui com uma diferença entre eles de menos de sete graus! E os oito meses entre março e novembro júpiter estava a uma proximidade muito grande de plutão, para então em dezembro júpiter, juntamente com saturno, iniciarem o ciclo da grande mutação que passa de capricórnio para aquário. Foram energias capricornianas vivendo seu auge de poder e força bem distribuídas em grande persistência e ambição. Sem se esquecer, claro, de câncer, o signo em oposição a capricórnio, que fala de memória, cuidado, proteção, do seio materno de onde viemos, no início da vida.

 Júpiter e saturno fazem conjunção de 20 em 20 anos em signos de mesmo elemento. Dentro desse ciclo existe um ciclo de 200 anos, quando júpiter e saturno passaram (em conjunção) de um signo de um elemento para outro, iniciando assim um novo ciclo de conjunções a cada 20 anos no elemento do signo seguinte. Ainda existe um terceiro ciclo de 800 anos em média, quando júpiter e saturno completam os quatro elementos que são fogo, água, terra e ar, fazendo o ciclo todo de novo e de novo.


 Entre meados dos anos de 1200 e 1400, júpiter e saturno fizeram a última grande conjunção da história em signos de ar. Foi durante essa época que surgiu um movimento chamado humanismo, em virtude da intensa revalorização das referências a antiga clássica, que nortearam um progressiva e branda influência que havia sob a cultura e a sociedade em si. Aqui houve o processo de fazer o ser humano revestido de uma nova dignidade e colocado no centro da criação, e por isso se deu á principal corrente de pensamento deste período chamado de humanismo. O curioso é que dos doze signos do zodíaco, os signos de ar são os únicos que não são representados por animais, sendo gêmeos representado por dois humanos que são gêmeos, libra sendo representado por uma balança, exprimindo a ideia da lógica e do discernimento, e aquário sendo representado por Gânimedes, um homem segurando um cântaro de água de onde provém "ondas".

 Em meados dos anos 1400 e 1600 a grande conjunção de júpiter e saturno passou a acontecer em signos do elemento água. Durante esse período parece bem óbvio interligar a grande realização das navegações marítimas de chegar no novo mundo. Os interesses de distintos grupos convergiram para patrocinar as navegações pelo oceano atlântico. A aliança do rei e da burguesia também contribuiu para a expansão comercial e marítima. Portugal foi o pioneiro nas grandes viagens, voltado para o atlântico e sem possibilidades de se expandir dentro da península ibérica, eles se aventuraram no oceano atlântico tentando traçar um caminho que os levasse para a índia, encontrando assim um continente ainda desconhecido pelos europeus daquela época. O signo de câncer, que é o primeiro signo de água do zodíaco é vinculado com as formas de expressão de um indivíduo a partir das impressões da família, aqueles que nossa alma escolhe para nascer e fazer acontecer o destino sagrado a partir da formação de nossa individualidade. A água é a substância mais abundante na constituição do ser humano, em porcentagens que vão de 70% a 95%. É na água que o embrião se forma em um feto para depois vir a ser um bebê que goza do seio materno, familiar. A água interliga o ser humano com uma lembrança do passado, da nossa verdadeira criação. Os signos de água também podem representar o religare, uma vez que a religião, ou o religare tem como premissa reconectar o ser humano com o divino. Nesse período das grandes conjunções em signos de água também houve um interesse enorme na santa inquisição, um grupo de instituições dentro do sistema jurídico da igreja católica romana que tinha um foco mais voltado a queimar vivo aqueles que eram considerados uma ameaça as doutrinas que eles estavam passando. O próprio judaísmo, que é formado por grupos étnicos que são vinculados a impressões da familia/etnia ao qual eles pertencem foram queimados vivos aos montes.

 Em meados dos anos 1600 até 1800 a grande conjunção passou a acontecer em signos de fogo, que são signos do impulso, da ignição, do calor interior humano e da paixão dinâmica. Foi nesse período que começou uma grande batalha entre portugal, espanha, holanda, inglaterra e frança lutando por terras do novo mundo recém descobertas. Nessa época o impulso de se aventurar pela pátria em terras desconhecidas estava em alta. Havia esse espírito de liderança, do surgimento de novas esperanças através das lutas e do orgulho pairado no ar. Durante o final dos anos 1500 para o início dos anos 1600 a reforma protestante desfere um grande golpe na autoridade do papado e da igreja católica romana. As políticas europeias ficam assim dominadas por conflitos religiosos. Foi nesse período também que o físico Galileo Galilei inventa o primeiro termômetro, instrumento para medir a temperatura, o grau de calor de um ambiente ou de um corpo.

 Em meados dos anos 1800 até o presente momento a grande conjunção aconteceu em signos de terra. Foi o período que as sociedades do novo mundo passaram a se tornar independentes depois das grandes guerras, ou seja, se tornaram donos de si, autônomos, passaram a reivindicar suas terras, suas posses. O elemento terra tem a ver com prática de controles manuais, da praticidade em si, da produção e construção, da materialização. Aqui a sociedade passou a viver suas características e costumes próprios, e trabalhar naquilo que a terra pôde oferecer para eles, começando a sua vida do zero no novo mundo. Impulsionados pela riqueza, pelo status e pelo ouro, as navegações de portugal que quis se direcionar para a índia para obter principalmente jazidas de ouro e especiarias, acabaram por chegar em um imenso continente desconhecido, hoje chamado de américa, e a demando começaram a saquear toda a riqueza da região para poder enriquecer seu reino.

 Todo esse ciclo de conjunção agora dá lugar as energias dos signos de ar como aconteceu lá entre os anos de 1200 e 1400, principalmente o signo de aquário que é o primeiro signo de ar a receber esse novo fluxo de energia. Um dos arquétipos que mais se envolvem com o signo de aquário é o mito de prometeu, que roubou um pouco do fogo sagrado de Zeus para dar para a humanidade Esse feito deixou o próprio Zeus tão zangado a ponto de colocar prometeu preso no pico de uma montanha com um águia comendo seu fígado durante o dia, para durante a noite ele se regenerar e no dia seguinte ele sentir a mesma dor perpetuamente como uma tortura sem fim. O fogo sagrado representa a centelha divina inserida no ser humano, que o diferencia dos outros seres vivos, incluindo os animais, a capacidade de racionalidade. Foi esse feito que uniu os seres humanos em uma raça mais evoluída e tudo que se resultou da integração de sua unificação para ir aos poucos construindo uma ampla e crescente evolução da sua espécie. Essa união poderosa pode ser representada por aquário, pois aquário é simbolizado pelo próprio desenho de duas ondas iguais, ondas de grande, pequeno, alta ou baixo volume ou frequência, ou ondas marítimas, ondas de conexões, frequências de rádio ou eletromagnéticas. Esse vínculo que une a sociedade em um único corpo chamado humanidade é responsável por promover o agrupamento das mentes em uma única frequência.